A regulação do metabolismo do cálcio no organismo, a fixação do cálcio onde deve haver e eliminação do cálcio onde não deve haver, bem como a prevenção de cálculos renais, cura de feridas e verrugas, e até o retardamento de câncer são funções atribuídas ao cloreto de magnésio pelo Dr. Luiz Moura, na entrevista/depoimento que concedeu a Ana Martinez e Luiz Fernando Sarmento, publicada em DVD com o título “Auto-Hemoterapia - Contribuição para a Saúde”. O médico carioca explica desde a origem da substância, fala sobre o seu uso através da história, cita o único caso de contra-indicação e detalha como deve ser preparada a dosagem a ser consumida.
“O magnésio é de enorme importância no uso do dia-a-dia”, e na opinião do Dr. Moura “todo mundo deveria tomar, porque os alimentos hoje estão pobres de magnésio”. Explica que “O motivo é simples demais; é que as plantas precisam muito do magnésio para respirar. O mecanismo clorofílico delas - isto é, a fixação do gás carbônico e eliminação do oxigênio - é o contrário do que nós fazemos. Na planta quem faz é a clorofila, através do magnésio”. Observa que “o adubo químico que se usa hoje em dia é o NPK - nitrogênio, fósforo e potássio e não se repõe o magnésio na terra”. Relata que “Antigamente - quando as cidades eram todas de casas que tinham fossa - o magnésio que é eliminado pelas fezes voltava para o lençol freático. Mas hoje vai tudo para os rios e para o mar, havendo pauperização crescente de magnésio nas terras”.
FUNÇÕES
Dr. Moura afirma que as duas funções mais importantes do magnésio são regular o metabolismo do cálcio no organismo e fixar cálcio onde deve haver e eliminar cálcio onde não deve haver. Garante que “As calcificações na coluna, as calcificações nas articulações, as calcificações nas artérias, ocorrem por causa dessa carência de magnésio”, acrescentando que “As calcificações nos rins, cálculos de oxalato de cálcio, ocorrem por falta de magnésio. Basta dar magnésio para o paciente, que ele derrete esses cálculos renais, que não sejam os de urato e fosfato”.
Voltando-se para a história, conta que “O professor Pierre Delbet, médico, usava o magnésio para lavar as feridas na guerra de 1914 a 1918, sem saber o porquê. Depois ele descobriu que o magnésio ativava também o Sistema Imunológico”. Diz que “A prova disso é que, na França, o mapa do câncer e o mapa do magnésio mostram que na metade sul da França, terras têm muito magnésio e a mortalidade por câncer era de menos de 3,5% (três e meio por cento). E no norte da França, em que as terras são pobres de magnésio, mais de 8,5% (oito e meio por cento) das pessoas morriam de câncer”.
ITÁLIA
Assevera que “Na Itália é muito pior e a experiência é interessantíssima, devido a um decreto de um César válido até hoje. Muita gente morre de câncer sem saber por quê. No livro do professor Pierre Delbet “A Política Preventiva do Câncer”, ele mostra a incidência de câncer do norte até o sul da Itália. Por um decreto, ainda em vigor, de um imperador, de um dos Césares romanos, era proibido transportar o sal de uma região para outra, para não encarecê-lo; a finalidade era essa. Acontece que por causa disso - e como o norte da Itália é muito rico em minas de sal-gema, sal da terra que tem só cloreto de sódio e zero em magnésio - a incidência de câncer varia de 7% (sete por cento) a 10% (dez por cento)”.
Por outro lado, narra que “No centro da Itália, onde está a capital, Roma, o povo já usa sal do mar. Mas, como tem mais poder aquisitivo, usa um sal que tem um pouquinho de magnésio, 0,08% (zero vírgula zero oito por cento) de magnésio. A incidência de câncer cai para 4,5% (quatro e meio por cento). E no sul da Itália, por pobreza, o povo usa o sal que ele dá para o gado, que é um sal riquíssimo em magnésio, mas que vira água, vira salmoura. Então eles usam tinas de madeira, na qual põem o sal, temperando a comida. É tradição deles. E, por causa disso, no sul da Itália a incidência de câncer não chega a 2% (dois por cento), pelo magnésio contido.
VALOR
O entrevistado faz uma pergunta e responde em seguida: “Sabe de onde vem o cloreto de magnésio que usamos aqui no Rio de Janeiro? É do sal produzido em Cabo Frio, onde o cloreto de magnésio - que é altamente higroscópico - é retirado para o sal poder ser comercializado e ter mais valor.
Ensina a dosagem do uso do magnésio, mostrando que para preparar é a coisa mais simples: 20g (vinte gramas) ou duas colheres de sopa das rasas em 1 (um) litro de água. Se a pessoa não tiver nada, como suplemento alimentar, tomar 1 (uma) xícara das de cafezinho por dia. Mas se a pessoa já tiver coluna com osteófítos (bicos de papagaio), artrose, tomar 2 (duas) xícaras das de cafezinho por dia dessa solução de cloreto de magnésio. No caso de cálculo renal, chega a dar 3 (três) por dia, quando os cálculos são de oxalato de cálcio.
Alerta que “Para lavar as feridas não se usa essa solução forte de 20g (vinte gramas) em 1 (um) litro d’água. Usa-se uma solução que fica isotônica, 20g (vinte gramas) em 2 (dois) litros de água. Essa solução funciona melhor do que desinfetantes, porque além de funcionar como desinfetante, ela estimula o Sistema Imunológico no local”. Indagado sobre os casos das verrugas, respondeu que “As verrugas ocorrem por falta de magnésio. E devido a essa deficiência os vírus conseguem se multiplicar, criando verrugas”. Esclareceu também que “Não tem problema, nenhuma importância, se o cloreto de magnésio ficar úmido dentro do recipiente, porque o sal não tem tempo de validade, o magnésio não tem tempo de validade, é eterno”.
CÁLCULOS
Sobre cálculos renais, Dr. Moura assegura que “A falta de magnésio é que causa os cálculos renais de oxalato de cálcio. O cálcio se precipita e se fixa ao ácido oxálico contido na batata, tomate, espinafre, etc., gerando os cálculos renais de oxalato de cálcio”. A respeito de outros tipos de cálculos renais, disse que “Existem os de uratos produzidos pelas carnes - principalmente vísceras - e os de fosfato, que provêm dos legumes que têm fosfatos”.
Indagado ainda sobre o cloreto de magnésio, se freia as metástases do câncer, assevera que “Não, isso de frear, eu não digo; mas eu digo, pelo menos retarda, como o professor Pierre Delbet provou no seu livro ‘A política preventiva do câncer’. O indivíduo - usando uma quantidade suficiente de magnésio a vida inteira - tem a possibilidade de ter câncer incomparavelmente menor do que quem tem carência de magnésio”.
Quanto a contra-indicações, garante que “O único caso que existe é se a pessoa tiver insuficiência renal. Porque o magnésio em excesso se elimina pela urina. Agora se a pessoa não estiver urinando, aí pode passar de uma hipomagnesemia - que é o comum - para uma hipermagnesemia. Mas só se a pessoa não estiver urinando normalmente”.
Por fim, Dr. Luiz Moura refere-se à dosagem correta do magnésio, afirmando que o cloreto de magnésio vendido nas farmácias na dose de 33g (trinta e três gramas), se dissolver em 1 (um) litro de água pode ser laxante. Aí está realmente excessivamente concentrado. Recomenda que teria que ser 20g (vinte gramas) em 1 (um) litro. Ou seja, os 33g (trinta e três gramas) devem se dissolvidos em 1 ½ (um e meio) litro de água.